quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O que se supera!


Feitos um para o outro, mas não feitos para estarem juntos.
É um contradição.
Que nem poeta entende.
A vida carrega
e a gente supera.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Namoro aos fins de ano.


A alma tem estado inquieta
em uma angustia silenciosa,
esperançosa,
uma ansiedade sem fim dentro do meu esômago.
a danada já sabe que em todo final
de ano ela vai de encontro ao seu grande amor.
E fica lá.
Compenetrada, segura,
de que toda vez que se encontram
é recíproco! Existe sim um amor recíproco:
Ela se deixa inundar
toda vez que ele vem aos pés dela.

Valer a pena.


O que vale cada dia é experimentar um pouco de tudo!
Sem padrão.
Sem regras.
É só uma questão de dar e receber,
sorrir e sofrer,
fazer acontecer,
cair e crescer.
Tudo do meu jeito, bem do meu jeito mesmo.
Que ninguém me segure,
mas que um dia me perdoem.
A vida é agora e
preciso que me vejam de todas as cores.
Quero às minhas chances.
Quero continuar.
Seguir até quando não se tem pra aonde ir.
Não compreenda,
me sinta.
E isso te basta.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Entre quatro paredes.





Somos de um jeito
sem fôlego.
Ninguém sabe explicar
porque o quarto fica tão quente
no jeito que a gente se sente.
O amor explode.
A vida explode.
A gente arde tanto
que vira um do outro.
Já não sei quando sou eu em você
ou você em mim.
Só sei que é um pedindo
o outro desesperadamente.
É que entre quatro paredes
não existe mundo,
não existe gente.
Somos nós dois,
nossa selvageria
e o que a gente sente.


Cacos.


E a droga da promessa que você quebrou?
Fez delas cacos assim como eu!
Mas engraçado! A mim você vem tentando remendar.




Quero um pouco do meu jeito.


A minha vida é todo dia de festa,
só pra eu ser bem mais do que excêntrica.
Festa na esquina, festa por respirar,
festa na minha cabeça, dentro do meu quarto,
dentro de mim.
To festejando sei lá o que.
É uma inquietação dentro de mim que ninguém entende.
E mesmo que seja cansativo,
ainda digo viva a festa só pra
tentar ser um pouco heróica.
Talvez um dia você brinde comigo,
dance comigo, fale tanta besteira quanto eu.
Venho arrumando um jeito
de te convencer.
Eu quero ser alguém  
pra deixar você sem ar.
Alguém que vai te fazer feliz,
alguém que quer a vida fervendo
e você dentro dela.
Preciso que cuidem das necessidades do meu peito,
que atendam meus desejos,
aceitem minha loucura,
sonhem comigo,
perdoem às burrices
e nunca queiram que eu seja a mesma me
acabando dentro de regras e uma figura sem graça,
moldada em formato padrão.
O que eu posso fazer?
Eu assumo pra você o meu amor, assumo sim!
Assumo também o quanto eu fui ruim.
Mas não é hora de mandar o amor à merda. É hora da vida continuar.
Eu sei o meu lugar.
Ou você está lá ou não.
Será que já da pra entender?





segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Existe!




Há quem resista dentro do seu universo moral,
pequena bolinha -de-gude de cristal.
Com sua roupa limpa,
roupas de marcas,
sorriso no rosto,
maquiagem ( é camuflagem)!
Há quem ande pelas ruas,
com sua postura de quem anda sob as àguas.
Que aponte pelo mundo
tudo o que ele não tem coragem no espelho.
E há aquele que sempre vem arrumando qualquer motivo
pra desmotivar o mundo com tudo aquilo que ele tem de podre, dentro do próprio vácuo
que se proporcionou.
E continua resitindo,
com seu sorriso,
roupa limpa,
cara pintada,
máscara barata.
Barata, tão barata,
que anda voando pelos esgotos da vida.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Serventia



Andaram me dizendo que eu era imprestável.
Imprestável pra lavar uma louça.
Imprestável pra ser boa moça.
Pra arrumar um bom trabalho.
A minha família desistiu de esperar que um dia eu trouxesse algum tipo de orgulho pra mostrar que eu sou filha de quem sou.
Já cansaram de me dizer que eu deveria parar de morrer de amores pelos cantos, mas ninguém entende que é vivendo de amor por tudo quanto é canto.
Já tentaram me sacudir pra que botasse os pés no chão dizendo "Acorda minha filha! A vida não é todo esse sonho cor de rosa." Mas ninguém percebe que ainda não descobri como se voa com os pés no chão.
Até meu cachorro se cansou e foi se enfiar em baixo da cama da minha mãe e não quis mais saber de mim.
E daí que eu sempre fui assim meio revoltada? Fazendo questão de contar cada estrela,
fazendo questão de querer enxergar o mar além do horizonte, de esquecer do tempo e tentando me desafiar?
Aprendi mesmo a ser uma bela filha da puta até mesmo com quem eu não precisava ser.
Fui cretina e assumo que fui mesmo. Mas senti algum mérito e um certo tipo de amor próprio quando descobri que isso ainda era me defender.
E não me venha com papinho de que se lhe derem um tapa na cara, ofereça o outro lado.
Tá ficando doido?
Tenho vergonha já que antes era aquele história de levar uma puxada de tapete, ser a mesma
tapada, sentar e chorar.
É por isso que hoje em dia te surpreendo com o pacote todo.
O que tem de doce tem de ordinária.
Fujo dos beijos e abraços da minha família pela falta de hábito do afeto que na realidade nunca existiu e não se acha um culpado pra isso. Aí rola aquela história de todo mundo ficar se apontando querendo brincar de Ping - Pong com a culpa.
Hoje fico com olhar pidão pra todos eles de quem não se conformou com tudo isso
mas passa anos em silêncio levando na perfeita normalidade.
Passei a curar minha carência em qualquer pedacinho ou breve espaço de amor que existe pelo mundo. Amor que nasceu comigo e morre comigo. Me entrego todinha pra ele e depois fico sofrendo por antecipação com medo do que ele resolva fazer de mim.
Na verdade sou uma grande bagunça.
Gosto da desordem, do inesperado, gosto do caos e do estrago. Gosto de tudo que faz bruscamente a merda do tédio oscilar.
E a sensação? De saber que era cegamente fiel ao meu romantismo mas descobri que adorava interpretar a cachorra que só quer sexo por sexo. Na verdade sempre tive nojo de quem se submete a uma seleção durante as baladas, festas e etc.
Ficar lá parada sendo analizada por qual peça de carne o cara vai querer te levar pra casa hoje.
Isso se ele não parar pra analisar seus dentes. Mas a coisa tá tão baixa que não dá tempo de avaliar, já vem outra logo puxando o cara pela calça ou encurtando a saia que já é quase um cinto e é por aí pra pior.
Juro que tentei me submeter a um ritual pra bancar a vagabunda pelo menos uma vez, coisa de amor sujo, você precisa se sentir mais suja que a decepção pra se convencer de que ele preferiu essa vida porque era melhor.  Mas quer saber? Nem pra ser vagabunda eu tava prestando, era a pior delas.  Queria aproveitar cada toque, a cabeça encostada no ombro, o carinho no cabelo e o beijo de boa noite. Tava enganando os caras só pra eu entupir algumas artérias com ilusão
e dia seguinte ir embora me sentindo imunda por conseguir sujar a minha fragilidade e sonhos estúpidos de menina.
Acho engraçado como recebo todo o tipo de rótulo sinônimos de algum tipo de insanidade, déficit de bom senso ou " doida de pedra".
Só erram feio se acham que é por causa de pedra. A loucura veio crescendo quando fui descobrindo o que era realidade. Aí não teve jeito, jurei disputa.
Me bate um orgulho quando penso em ter feito bom uso do verbo extravasar.
Vem uma sensação deliciosa de experiência.
A vida é esse tesão mesmo, um rebuliço sem pé e nem cabeça, que eu tenho improvisado com a minha loucura estampada de quem vive de amor e nada me estraga. Descobri que medo
mesmo além de avião e elevador era continuar a querer fazer meu máximo e ainda assim não ser boa o suficiente.
De perder dias da minha vida querendo ser alguém na sociedade clichê sem ser eu mesma, a imprestável para tudo que seja padronizado. De fato, pro fast-food, pro mastigado, empacotado, pra linha de montagem de Henry Ford, pra mais uma Barbie na sua estante. Eu nunca vou prestar. Me falta ingredientes, falta de ar, algumas peças e ainda por cima não sou aquela gostosona de bunda dura de academia. Admito que amo ser branquela e conviver bem com as gordurinhas localizadas.
A verdade é que reclamam que eu sempre fui o que eu não deveria ser.
E eu sempre fui tudo aquilo que talvez eu nem quisesse ser.
Só sei que eu sou assim mesmo. Sendo é que você me descobre.
E descobri mesmo é que eu não presto pra sempre ter que compreender, perdoar ou deixar pra lá.
Porque eu também sou gente.
Não presto pra ficar quieta um minuto sequer.
Não presto pra dormir sozinha. Pra tomar um café amargo às oito da manhã e me submeter a cargas horárias de prestação do meu serviço. Não é vadiagem. É que só de pensar em rotina, mesmice me dá pânico, por isso sempre procurei trabalhos doidos.
Não presto pra ser totalmente madame porque às vezes sou meio homem, às vezes sou meio escrachada, sou largada, bagunceira e boca suja.
Só não parti pro charuto com meus pés pra cima na varanda, porque isso realmente não me atrai no momento.
E no fim, eu realmente acho que não presto nem pra sustentar meu orgulho lá em cima e dizer que posso parar de querer você a hora que eu quiser. Que eu ficaria bem sem você e seria muito feliz.
Dizer, eu poderia dizer, mas eu sei que não seria.
Aí eu cansei de tudo isso e resolvi contar que eu presto mesmo é pra ser alvo de todas as críticas, porque dou espaço pra elas com toda a espontaneidade e inconseqüência por tabela. 
Presto pra assumir na maior cara de pau que eu não presto mesmo pra nada disso.
Não presto pra ser a melhor filha, não presto pra ser a biscate ( porque agora parece que virou moda ser), não presto pra encarar rotina, pra ficar sozinha, pra ser durona e nem pra fazer meu cachorro voltar a dormir no meu quarto.

 Eu só preciso do meu caderno, do meu som rodando e um cigarro queimando porque eu sou ótima em passar a vida toda toda subindo em palcos, abrir uma cerveja no dente, surpreender os outros e amar você como nunca amei ninguém. E quer saber? Pra mim já tá muito bom.

















segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz.


Você ainda nem deve saber o que é gostar.
Experimente passar meses da sua vida abrindo a porta da geladeira que está vazia,
procurando alguma coisa pra encher a sua barriga que você quer manter vazia,
por que nada preenche a sua alma vazia.
Então saiba que eu gostei tanto de você, mas tanto, que eu segui a vida como quem segue uma rotina estúpida, amarga, cheia de iogurte garganta a baixo pela manhã, cheia de Tequila garganta a baixo pela noite, cheia de qualquer coisa que viesse pra eu ir completando todo esse buraco que ficou aberto nas nossas vidas.
Esgotei, cansei, como quem cansa dessa história de que amor suporta tudo.
Cansei de te querer sempre e você me querer às vezes,
cansei de um dia ser seu amor, no outro sua puta e em outros nem sequer ser.
Nem o verbo existir na sua vida já não tive direito.
Amando é que se é feliz,
mesmo quando se acha que não.
E se quer buscar fora o que só
existe dentro.
Eu sempre soube disso,
é por isso que eu quis sim,
depois de tudo
ainda ser feliz.

E só com você.







quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Deixa rolar.





Deixa rolar,
só mais uma noite.
Enquanto eu vou jogando todas as roupas fora do armário
procurando desesperadamente por aquela maldita meia-calça.
(Engraçado! Tinha certeza que ela estava na gaveta das meias - calças)
Vai! Deixa a noite rolar!
Enquanto eu vou pintando apressadamente as unhas de vermelho, porque resolvi arrancar o esmalte antigo com os dentes e nisso já vou separando toda a make up! Maquiagem, maquillage, ah tanto faz! Dane-se ! Vai terminar tudo na minha cara mesmo pra acabar com a olheira e supostamente
fazer a função da maquiagem, tentar me deixar mais bonita ou menos feia.
Sei lá.
Deixa rolar a mesma noite!
Enquanto eu fico desfilando pela casa de lingerie e toalha na cabeça, parando de três em três minutos em frente ao espelho pra ficar reparando que... mas que droga! O amor à cerveja, a Tequila, a Vodka com Schwepps, Sex on the Beach, Whiskey, Saquê e tudo mais o que tenho direito na noitada tem me causado sérios problemas de amor. Tudo o que agente bebe, entra e sai né? De alguma forma,engraçado, a minha bebida me ama tanto que ela insistiu em se alojar pelas partes do meu corpo.
Na bunda, na barriga, na coxa.
Mas vai né, deixa a noite rolar.
Enquanto eu to ficando eufórica, a hora tá passando, vou me atrasar pela milésima vez.
Mas também me diz, quem inventa hora pra chegar na balada?
Tô indo pra expulsar toda a minha insanidade ou absorver novas.
Não preciso ficar neurótica com horário. Na verdade dá o maior prazer saber que estou " atrasada" três horas. Porque esse é o propósito.
Deixa rolar vai!
Enquanto eu tô aqui curtindo um som, acendendo um cigarro, semi-pronta. Falta só acabar o cigarro e borrifar o meu Miracle Forever, tá bom vai, borrifar uma ova. Eu tomo banho mesmo de perfume, não vivo sem perfume, sou fanática por perfume.
E sofro por antecipação, daquelas que nem tem motivo.
Parece uma necessidade da minha alma que fica me xingando, me batendo por dentro, fica furiosa, doida, se debatendo e dizendo " Vai logo pelo amor de deus, me tira daqui".
Então deixa a noite rolar.
É como um ritual, entrar no carro e ligar o som. Um pré aquecimento, só pra dar o gostinho a mim mesma ou só pra provocar mais e me fazer ficar selvagem.
Só pra soltar o bicho na hora certa! É por isso que digo pra minhas amigas quando a gente da aquele "Oi" meio histérico, e se abraça parecendo uma reunião do reino animal em bando, "Hoje o bicho vai pegar" e elas não entendem o contexto verdadeiro da coisa.
E a noite começa a rolar.
O primeiro pé dentro do lugar é como o primeiro gole da cerveja, é como o primeiro cigarro do dia, o primeiro beijo antes de conhecer o cara e por aí vai.
Toda aquela coisa que não me deixa parar de rir, fico até pensando se as pessoas já me apelidaram de maria risadinha. Meus olhos ficam brilhantes, de repente eles ganham potencial
pra se transformarem de simples olhos à olhos fatais, olhos Bella Donna, olhos 43! Tudo por causa do que tá rolando.
E mais que isso, ainda por cima eu adoro ficar grudada no bar. É como ter certeza que assim que eu precisar encher o copo eu não vou ser inconveniente pedindo licença as pessoas tendo que me enjoar de fazer todo o percurso da mesa até o bar, sem contar aquela muvuca, não entendo o tesão que as pessoas sentem em trocar suor, cecê, bafo, respirar o mesmo ar quente. Mas isso tudo funciona como uma perfeita desculpa só pra eu ficar perto do bar mesmo.
E lógico adoro mais ainda o barulho que faço propositalmente do copo da tequila batendo na madeira do balcão. Sem aquele mesmo som a noite não tem a mesma graça.
E a noite tá rolando, e são tantas pessoas, tantos movimentos, tantas roupas, mãos, poses, jeitinho meigo de falar, jeitinho cabaço de falar, jeitinho charmoso de falar, jeitinho biscate de falar.
Tem de todos os jeitinhos pra todos os gostinhos.
Eu prefiro imaginar cada um com uma etiqueta pendurada mostrando o verdadeiro valor.
Seria menos complicado.
É que complicado mesmo sou eu e minha mente inquieta que não sossega.
Eu falo pra ela tirar uma folga, mas insiste em reparar, em pensar, em criticar, em analisar,
em ser irônica, rir bem alto, aquela risada gostosa interna e bem maldosa.
Falo pro meu coração se esvaziar e esquecer que eu existo essa noite, porque nessa noite nem eu sei o que eu quero. Às vezes, quero ser mais eu do que nunca, às vezes quero ser alguém completamente diferente. Quero ser uma cachorra, uma dominatrix, quero ser a Alice, quero ser
qualquer coisa que me tire de mim mesma e fico incorporando personagens até descobrir que além de ser boa como atriz, sou muito boa mesmo em ser Thaís. E por favor Thaís Forni.
Então deixa a noite rolar,
faz bem um pouco de tudo isso,
cotovelos se relando, meninas se ralando, homens atirando desesperados pra qualquer lado,
eu me acabando, maquiagem borrando, suando, dançando mesmo sem sentir os pés, sem sentir o drama. É que a música ensurdece qualquer circunstância e a minha pulsação sufoca qualquer pensamento.
Deixa rolar.
Sainhas de 30 cm já que isso é inevitável desde o dia que Deus abriu a porteira da granja,
deixa rolar roupas caras, marcas, playboyzinho que não aprendeu a beber, filinho de papai se achando homem por causa das sainhas de 30 cm interessadas no que tá por baixo das calças,
me refiro a carteira, mas pode ser a outra coisa também.
E de preferência todas as máscaras coloridas, simpáticas, plastificadas, falsas, lindas que todo mundo faz questão de levar junto.
Deixa rolar também um climinha chato em encontrar quem não convém, não porque chateia, machuca, ou porque eu to desacompanhada e sem ninguém. Não é nada disso!
É porque é aquele climinha chato no qual, lembra da risada interna gostosa? Pois é! Eu morro dela, quando me vejo inteira, sozinha, feliz e rodeada da noite que tá rolando.
Prefiro assim a ser a feiurinha que te rodeia. E ver estampado na sua cara como você fica quando me vê.
E deixa rolar mesmo,
todo esse sentimento, que vai e vem com o tempo,
eu ser louca a todo momento que é pra afastar todo mundo porque eu não quero mesmo ninguém me querendo. É que quando alguém quiser, vai querer até mesmo pela loucura.
Então
só,
deixa rolar.
A minha noite, do meu jeito,
com meus rituais, com a minha bebedeira em minha companhia,
inteiramente satisfeita, inteiramente imperfeita,
com meu amor todo escrachado, enquanto reparo,
enquanto me acabo e o quanto gosto
só daquilo que a gente deixa rolar.










quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Decidida.




Você vem com a sua hipocrisia afiada querendo estourar todos os meus sonhos de bolhas, frágeis, flutuando pra qualquer canto.
E vem querendo desvirginar toda minha inocência e sentimentalismo, na minha vida perfumada e elegante, querendo me fazer perder a compostura.
Só pra asfixiar o meu " Eu Te Amo". Só pra me enganar e me fazer acreditar que fui eu quem cometi o engano.
E é uma porcentagem tão pequena do que eu ainda gosto. Seria mais bonito lhe dizer de todos os meus desgostos.

E foda-se se deixei você passar horas na minha cama, e me passar um pouco dessa imundisse. Queria me sentir forte e suja à me sentir pequena e burra, já que não posso fingir.
Me ensina? Me ensina como se foge?
Me ensina como se morre de tanto negar a si mesmo o próprio coração?

É que precisei ser eu mesma. Não posso engolir as verdades inteiras. Não posso brincar de ser seu amor e sua puta! Eu não brinco...

Sou mulher pra vida toda!

Pouco me importa em qual caverna você se esconde,
em qual caminho você se perdeu de mim,
em quantas calcinhas andou colecionando e
quantas promessas fez e por onde.
Se bebeu, se caiu, se fumou, se beijou, se transou, se sorriu, se amou,
se doeu, se sofreu, se brigou...
e em todos os verbos da sua vida
eu só te quero de longe.
















domingo, 29 de agosto de 2010

E na manhã de Domingo...

Vou continuar a plenitude de um doce romântismo, amando pelos cantos, sorrindo e  cantando sem esperar nada.  É só pelo prazer de ser eu mesma.
E você mundo o quer de mim? Pois já te quero inteiro... selvagem e cru.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E de qual graça seria se eu fosse mais uma?




Vai eu exijo!
Um copo de veneno,
tempestade e vento ameno.
Que me joguem de um abismo e
critiquem meus vícios.
Me dê amor e
dê decepção.
E com eles vem junto toda a dor.
Me faça chorar que nem criança
e me lembre sem dúvida
o quanto sem graça serei quando
agir muito adulta.
Gosto de deleitar de
todos os sentimentos.
Os que fervem e
os que corroem por dentro.
Gosto de me deitar um pouco quando estou sofrendo e
gosto mais ainda de voar quando estou vivendo.
Me faça explodir de tanto amor.
Enlouqueça-me com a intensidade
de lembrar do nada que às vezes
bate por aqui,
mas me lembre que ele vem e vai com
o vento.
Me ensine a fazer amor ou só sexo de vez em quando
para que eu me sinta mais humana do que já sou.
Gosto sim dos extremos e das contradições,
gosto de gritar pro mundo o que estampa no rosto
e grita o coração.
Prefiro que me sintam nesse jogo hedônico,
do que me entendam na razão complexa em cálculos errôneos.
Gosto também de só sobreviver
de vez em quando
não sentir e não pensar.
Não ser em tempo eterno momentâneo.
Então faço meu show,
me deixe sorrir e
a maquiagem brilhar.
Quero orgulho e quero brindar.
Enquanto o coração derrete
dentro da vida de bolha
que o mundo promete.
E se por um sorriso
é que tudo vale a pena.
Não encontro força
que me machuque ou me corte.
Se sou capaz da vida
que venha então a morte.




2:15 PM





Eu só queria mais vezes te contar
quem eu tenho sido
e de tudo um pouco que me faz sonhar.

Eu só queria te procurar
quando eu preciso lutar contra todo
o mundo e depois precisar do seu colo
já que você sabe como me amar.


E queria sim que você
estivesse por aqui,
só pelas boas conversas
e pela vida do jeito que só a agente sabe levar.


Mas queria mesmo que você estivesse
sem ser eu sempre a querer, e a te procurar.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

É engraçado,

me sentir completa no meu mundo de coisas completamente inteiras. Tão completas de si mesmas nessa normalidade e felicidade de coisas à toa. Que é incrível, a falta que você faz por aqui no meu completo vazio.

Quem diria...




Que eu te queria,
tanto e tanto
que justamente agora eu poderia
te convidar pra qualquer canto.
Para brindarmos um drink,
jogarmos charme
e sorrisos agudos
naquele nosso jogo estúpido.

Pra bancarmos adultos
por alguns minutos,
jogar conversa fora,
de papo pro ar,
pra a gente se exibir e
se explicar.
Fazermos poses,
mexer com as mãos
só porque já não sabemos
escolher qual reação.

Quem diria!
Eu poderia sim,
cair em tentação,
apagar a bituca no chão e
te levar pra qualquer quarto
enquanto faríamos nosso amor
louco,
pra ser livre e se prender mais um pouco,
tudo de uma só vez,
e nos perder na graça da vida
de se amar com prazer!
Segurarmos as mesmas mãos e
ter a mesma certeza de novo e mais uma vez.

Que foi de não em não
que chegamos
em um sim
na mais crua conclusão,
estamos a disfarçar no rosto
o que estampa
no peito e grita o coração.

Mas quem diria...
é nesse e tanto e tanto
que meu querer
me fez perceber.
Quero tanto!
(Diferente de você).

Deixa pra lá,
deixa a noite continuar
já que tudo continua
em uma seqüência segura
de ir pra qualquer lugar.

E ainda vou querer!
Dessa vez um homem que me segura pela cintura
sem medo de sofrer,
pra mostrar pro mundo
que é na minha cama que ele está
e vai permanecer por todas as manhãs enquanto
ele puder respirar.


Mas quem diria?
E não é? Que eu
te deixei pra lá?



domingo, 1 de agosto de 2010

E agora o que me diz?


E agora o que me diz?
É! Não diga nada.
Já que você sabe a simplicidade do amor.
Guarde na coleção a última noite que nos restou
tomando nossa dose de certeza de que a gente nunca acabou.






Domingo...


Cinza!
Turvo!
E arde, arde!
Como quem sente ódio por pura fragilidade.
Confuso!
Vazio!
Como quem procura chão e razão
tais com um pouco de amor pra curar o coração!

sexta-feira, 30 de julho de 2010



Penso no dia que enfim você não será pra mim a razão dos meus versos e de tudo que
nasce em mim.

Vazio!
Vazio!
Vazio.

Pequeno Grande Amor



E se a imensidão do mar te inunda no simples ato de olhar,
O amor é vasto no simples gesto de te beijar.

Solidão




Hoje não hei de escrever.
Nada de poesia, belas metáforas
ou burras fantasias.
Apenas me deixe, vazia, perdida pelas vírgulas.
Deixe eu me finalizar pelo dia como quem procura
em agonia pelo seu próprio ponto final.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Entre tantas...



" A maçã mais vermelha entre as verdes,
A rosa mais vermelha entre todas rosas vermelhas.
A boca mais vermelha entre todas as bocas.
Vermelha! E de tão vermelha encontro as formas do amor."

Amigo




Amigo algo me preocupa
Tem gente precisando ser gente
Engole o café e nem sente,
o dia passa e continua carente.

Amigo, assim não dá não!
Tem gente que com a vida tá descontente,
tá se virando do avesso pra descolar seu ganha pão.

E vou te contar que me preocupo.
Tem gente que só olha pro chão, foge da chuva,
apaga o sorriso e quebra o coração.

Mas vou te contar que tô pra ver igual.
Tem gente que se acha tão gente
que sai na rua e parece animal.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sexta...




Chove tanto lá fora! Chove tanto aqui dentro!
E já não sei porque tanta disputa entre
gotas e lágrimas sabendo que toda essa água passa
na calmaria do tempo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Por que?




Toda vez que tenho de florescer
Fazes com que as borboletas do meu estômago tenham de morrer?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

É...




É amor e eu sei
porque ele ama todos os meus eus!

Bem - me - quer. Mal - me - quer.




Bem - me - quer.
Mal - me - quer.
Eu nem sei o que me quer.
Só sei que nesse querer e desquerer
já não sou de mais ninguém.

E se fosse você?







Ainda que fosse você
como é que eu poderia saber?
Aonde é que agora eu vou te guardar?
Se o vazio,
preencheu o único lugar?
E ainda que você
me beijasse, me pedisse,
me mostrasse.
Como é que vou tentar
de novo sequer sem pensar
No frio da barriga,
nos monstros e desafios.
Na velha jaula disfarçada
e na alma enganada?
E ainda que fosse você
a me tirar daqui,
a sorrir comigo,
me propor a cantar
e dançar durante a eternidade.
Quem sabe você
ainda brinde uma taça de vinho.
E apaixonado
brinque por um tempo de namorado
só para estar ao meu lado.
E ainda que seja você
a amar todos os meus eus,
a fazer dos meus dias
seus
e a duplicar todo o encanto
do tempo que agente se perdeu.
Queria sim,
se ainda fosse você,
que resolvesse aparecer
antes do amanhecer
só pra me convencer
de que nada seria em vão
já que é o meu coração vazio
que você que carregar nas suas mãos.








sexta-feira, 4 de junho de 2010

Daquele tipo que agente encontra por aí.




Sempre. Típico. Diria que 98% deles.
O tipo que eu aprendi a desgostar.
Que nem por um segundo apreende minha atenção.
Minto! Talvez pelos primeiros 15 minutos da tentativa de descobrir se piso em terra firme até perceber que é sempre o mesmo abismo.
É! Está ali. Parado na minha frente, com um sorriso incrível, um charme desejável, estilo despojado e criando a melhor atmosfera sedutora.
E eu? Fico a pedir para uma força maior repetindo na minha mente, que por favor,por favor, por favor, não deixe ele ser mais um com o cérebro por baixo das calças.
Às vezes até penso que poderia fingir não perceber nada e deixar que o sujeito talvez me surpreendesse fazendo pelo menos algum momento da noite valer a pena e também dar a ele o direito de autodefesa mesmo sem ele saber que é alvo de árduas críticas.
Não porque sou completamente crítica.
Mas por deus. Como conseguem me afugentar em tão pouco tempo?
E quer saber o que acho engraçado mesmo?
É essa coisa engraçada que é o sentimento. Ah meu caro! Eles te pegam de jeito quando menos se espera.
Entende o que eu quero dizer?
Cair na real não é fácil mas tenha certeza que pra cada um a hora chega.
Vocês que estão sempre auto confiantes e cheios de si. Com um " carimbo" invisível dizendo cuidado! Justamente para evitar a cobrança ou para estar imparcial com o envolvimento delas.
Aí você já pode usar a frase " Eu avisei."
" Avisei que eu era assim."; "Avisei que eu não queria dessa forma."
Porque no momento a sua meta diária é nada de compromisso, nada de se casar tão cedo. Mas tenho uma péssima notícia. Apesar de todo seu esforço não há nada que te impeça de sentir os pequenos retalhos na sua capa de proteção.
Reavalie sua pequena vida e pense nas mulheres que já conheceu. Não evite pensar em tudo o
que elas já fizeram por você e no pouco que fez por elas. Como elas cuidaram e se preocuparam com você, pensando em cada detalhe, cada data especial, se entregando em um beijo em uma esquina qualquer numa noite fria simplesmente só para estar e em troca você não retribui nem a metade.
E acaba sempre por aí, acostumado a achar que é quem sempre se sai melhor no acordo.
Mas me diz o que você ganhou? Sério! Me diz?
Tem o seu dinheiro no bolso, umas roupas legais, seu Whisky e cigarro para te dar mais segurança.
É solteiro, com muitas mulheres sempre ao redor e sem compromisso.
Você é livre como um pássaro. Não depende de ninguém e ninguém depende de você.
A vida é totalmente sua.
Popularidade, status e tirando seu próprio mérito.
E esse é exatamente o perfil de cara que você se vangloria por ser ou porque pensa em ser.
Perfeito!
O que mais se pode querer? Isso que é vida.
Pois é.
As pessoas vivem achando que tem tempo pra tudo e no seu caso parece gostar de redobrar esse tempo. Porque ainda é novo pra isso ou não está preparado pra aquilo.
E no fundo meu querido! ( Sim! Uso tom irônico mas não é nada pessoal.)
No fundo só te falta sair das fraldas e umas boas porradas da vida pra voltarmos aquela conversa de cair na real.
Então, quer saber qual é a resposta?
Na vida não existe hora, momento ou tempo para se amar e ser digno de seu próprio amor.
Existem seus medos e as suas desculpas para abafá-los.
Existem suas escolhas e a venda com a qual cobre os olhos para não ver aonde vai dar o caminho.
A vida é desenfreada enquanto você tenta controla-la e sempre dizer que está bem com o que tem sido.
E enquanto isso, você tem perdido tudo aquilo... sabe?
São apenas duas coisas clichês que se aprende por aqui. Ache alguém para amar e viva cada dia como se fosse o último.
Porque sem amor de verdade não se encontra paz interior.
E sem isso então não se tem nada.
Então pare de jogar seu amor no lixo,
pare de se pisar, se enganar querendo ser
daquele tipo que agente encontra por aí.
E só o que eu te pergunto é o que realmente importa?
Entende o que eu quero dizer?


domingo, 23 de maio de 2010

Inner Self.



Incomum, Indiscreta, voraz.

Apetite sagaz.

Extravasar, atingir o ilimitado, quer-se o vicioso e o prazer.

Peculiar no geral.

Crédula no essencial.

Abalo interno, um tanto quanto sentimental.

Sentir o calor.

Do abstrato apenas o amor.

Ao começo de tentar, já
não quero saber quem sou.

E nesse fim de tarde, O tabaco estalando, um café e
na varanda um novo amor.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Agora...






Fico a me perguntar aonde, quando e quem?
Fico a esperar o dia passar
e pensando que não há fundamento.
Me falta estrutura
para querer te buscar.

Eu sou daquelas que já amei sim
em dias a mim,
em outros à alheios
para sê-lo na melhor forma
amor de total zelo.
Amor ritualizado,
de alma e devoção.

Amei mais que a mim,
amei até quando não deveria fazê-lo.

Agora?
Agora meros rascunhos elaborados
de sentimentos mecanizados
na melhor forma de aprender
que nos maiores encantos
decanta-se os erros.

Calcula-se um recomeço
levando-se em conta
toda a densidade
do princípio de um apreço.

E projeta-se a esperança!
Agora?
Já não sei se sou adulta
ou se sou criança.
Sou um pouco de tudo
quando quero voar.

Deixo o acaso vir me buscar
já que meu coração
sistematizado
esfriou,
desatinou
mas sabe que
em sua essência
me faz ser a mesma louca,
feita de emoções,
sentimentos e lugar.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu quero...





Quero alguém que lute por mim sabendo que todo dia vale a pena.
Que faça como eu fiz, não porque quero, mas porque se sinta motivado de que
eu seja a razão em meio a tantas circunstâncias e não que faça das circunstâncias as
suas razões.
Alguém com quem eu possa ser tão eu mesma que eu me sinta a vontade de te agarrar e te levar pra um motel ou que hoje só me dê a companhia pra um dia agradável. Para irmos ao cinema só pra sustentar minha paixão por filmes e que esbanje um pouco comigo gozando dos melhores momentos da vida. Que brinde uma taça de vinho comigo quando eu fizer um jantar especial e que fique feliz com meus presentes delicadamente preparados.
Alguém que saia comigo para que hoje eu possa usar meu vestido novo e me sinta sofisticada e quem diria nós dois formando um belo par combinando até mesmo no visual?
E que sinceramente passasse simplesmente uma tarde toda na cama ao meu lado só assumindo que estamos realmente com preguiça e que hoje tirou o dia todo pra mim.
E só de estar ali mesmo já bastaria.
Quero alguém que entenda que isso sou eu,
de minha essência de tudo um pouco e uma vida de um pro outro.
Que por trás de tudo o maior motivo ainda seja o amor. Seja ele do jeito que for.
Sim, esse nosso amor único de homem e mulher como uma família até
e sempre amor de amantes.
Quero doar meu mundo,
ser de alguém,
porque falta alguém
que sente a minha falta também.
Quero sim um amor de verdade
sem confundir que se entregar
é perder a liberdade.
E que se liberte no maior feito,
viver o que sente sem medo.
Que não me abandone nas dificuldades
e o sofrimento não seja sinônimo de saudades.
Que saiba que eu sou aquela entre tantas
e sempre se lembre com um sorriso no rosto bobo que nem criança.
É eu quero sim um amor pra mim.

domingo, 11 de abril de 2010

Mais uma noite.

Ainda sinto o cheiro que eu escolhi de você em mim
impregnado na minha roupa e nos meus cabelos.
O seu beijo que eu facilmente esqueço porque aprendi a me desacostumar dele
fica em mim durante dias toda vez que te procuro de algum jeito.
E foi mais uma noite daquelas que agente se pega sonhando e ensaiando por precaução do acaso nos sortear e eu te cruzar por aí. É complicado, porque as almas se cruzam e acabamos no seu quarto.
Na verdade você já me conhece.
Conhece muito bem cada cm de mim.
E sinceramente a minha cura foi te assumir
porque esse tipo de amor não incomoda só porque eu penso toda hora,
mas incomoda só pelo fato de existir e persistir em mim.
Não sou eu quem persiste por aqui.
E por isso tenho que pedir perdão a mim por estar cometendo tal atrocidade de te amar tantoe esquecer de mim.
Não sou do tipo que vai te acobertar, te confortar, te completar e deixar rolar de tudo um pouco quando você se sentir vazio ou for leviano.
Eu não sou um pouco. Ou sou tudo ou sou nada. Ou sou tua por inteira ou precisarei procurar um outro alguém pra me perder.
Porque é evidente minha fraqueza quando tenho que te dizer não.
Então, não me faça sorrir enquanto você sabe que vai transformar os próximos dias em um inferno de tamanho sem fim. Para de ficar brincando de roleta russa com meu coração.
Não ignore a minha pura intenção e você sabe qual é, só pra mais uma noite de diversão na sua vida.
Nem pense em achar que eu te divirto, não é justo. Odeio as suas mentiras na nossa vida.
Eu procuro um recomeço e
ver você vivendo sem medo.
Cansei de jogar!Te olhar nos olhos e ver o que somos, sabendo que somos muito mais,
me faz querer continuar.
Mas chega de esperar pra ver você ser um pouco louco e enxergar que amar é atropelar,é voraz, apetite sagaz, insaciável, não tem hora e não tem pausa.
Se o quer, não jogue fora sequer um momento.
Não nasci pra esperar as coisas acontecerem, para amar pelas metades ou ser eu mesma aos poucos.
Só quero que você tenha sede da minha boca todas as noites e que precise do meu cheiro pra dormir em paz..
Que faça amor comigo e sacanagem; que me deixe ser imperfeita e sempre me aceite com o mérito de que sou aquela, nada medíocre, nada comum.
Só não posso mais esperar que você me queira!Eu te amo sim, mas foda-se o amor.
Estarei por essa porta fingindo que não somos aquilo que somos enquanto eu sou aquela!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Amanhã.



Agora,
Desapreços.
Amanhã,
Um Recomeço.

Hoje,
Decepção.
Amanhã
de pés no chão.


Ontem,
Amor ao vento
Hoje,
de tempo em tempo


Um novo amanhã.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Aqui de fora.




Meu inverno é nostálgico,
traz a mesma nota romântica.
E estou aqui de fora
com o meu cigarro,
procurando o motivo certo pra brindar a minha taça de vinho
sozinha. Usando o cachecol preto importado ,meu favorito, aconchegada
a tanta lã que eu sei que você sorriria se me visse assim.
Sentada no chão de meias brancas limpinhas e pézinhos tão inquietos que até parece possível olhando pra eles ser capaz de perceber o que aflige a mente e perturba o coração.
É você perceberia sim nesse leve passar do silêncio que traz a solidão.
Talvez se você soubesse o quanto tá frio aqui de fora, estaríamos amontoados em baixo do edredom, mais uma vez sorrindo,
presenciando nosso inconstentável humor, presenciando o que um dia foi e é amor.
Sim! Só mais uma vez.
Pelo simples prazer da companhia, pelo simples prazer de estar.
E se estivéssemos?
Seria... mais do que um poema diferente.
Estou aqui, com meu cigarro a amar o frio e amar você.
Estou aqui de fora,
mesmo sabendo que eu queria mesmo
era estar aí dentro.

sábado, 3 de abril de 2010

Hoje






... É que hoje,
eu precisava crer no que vem de mim,
e no que era você.

E hoje,
não queria esconder,
fingir não ver
o que me faz viver.

E sim! achei um fim,
das próprias mentiras
que contava a mim.

Não há chão,
é incerto,
sem a mínima razão,
de uma luta cética
quando só quero lhe dar meu coração.

Mas e daí?

Hoje!
eu prometi
conhecer o que é amor,
sem jogos e sem dor.
Quis sim me libertar,
Só preciso ser jogada
de um abismo pra voar.



quarta-feira, 24 de março de 2010

O que temos de ser.




Hoje, após mais uma balada com as amigas no carro de volta para casa, um pouco louca por um banho morno, as pernas pro alto e um descanso de 12 horas seguidas tão almejadas já me faziam lutar emancipadamente contra minha insônia.
Mas elas não paravam um segundo sequer.  Tocavam sempre no mesmo assunto:
Eles. Homens. Assassinos do pouco romantismo que nos resta a cada vez que conhecemos um diferente.
Bom, ao menos era isso que elas queriam dar queixa, fazer um boletim de ocorrência e até mesmo prender o feitor por tal atrocidade. Eu não as tiro a razão em um segundo sequer, mas me deparo com um comentário que desperta muito meu interesse naquele instante.
" Amor é coisa de pobre! Rico tá ficando mais rico, viajando e se comendo!"
Aí eu não resisti e soltei um sorriso de escanteio. Mas o segundo logo em seguida, sem pausa ou hesitação saiu bem seguro de si mesmo. " Homem pra quê? Só se ele tiver muito volume... Principalmente na carteira!"
Ah! Aí foi demais. Acabei me deixando levar pelas gargalhadas instantaneamente maldosas mesmo me embaraçando toda por dentro. Dava pra sentir aquela ironia toda brotando por uma única razão:
Pertencia a quem estava na reta guarda, carregando certo tipo de revolta despercebida para que possamos sair a francesa e ainda ficar no salto sem que ele se quebre assim como nós por dentro. E só aí vai um longo processo de reconstituição.
Não acredito em toda essa especulação da guerra dos sexos ou de que mulheres são assim e homens são assado. Se bem que ultimamente tenho adorado deixá-los cozinhar em banho-maria pra ver se atingem o ponto.
A questão é que é tudo muito humano e isso sempre vai ser complicado. Há muita expectativa. Há aquilo o que se espera do outro. Sentimentos correspondidos ou não e sinceramente quem já teve algum relacionamento sabe muito bem como é.
Como dizia Clarice Lispector ou junta-se as imperfeições junto as perfeições e ama-se ou sabemos que há grandes chances de chegar a desconjuntura. Pois assim continuo a acreditar que nada tem a ver com o sexo.
Então nunca diga homens!
Diga, aquele homem!
Diga o que quiser. Chame-o de imaturo,
de cretino, aquele mesmo.
Mas generalizar não é saudável nessas situações.
Enfim! Não sei porque é tão difícil achar alguém que abrace a vida junto a nós, que te queira mesmo sabendo que você gosta de tomar o chá das cinco, que às vezes pode querer assistir ao ultimo capítulo da novela, que não estará perfeita com a lingerie mais sexy do mundo todos os dias, que faz manha também ou que gosta de ser bem tratada 24 horas por dia e tem dia que não quer ninguém no pé.
Já até pensei em tê-lo achado, mas isso nunca foi garantia de nada. Eles aparecem com uma sinopse atraente de como seria um relacionamento.Depois prepare pra se sentar e assista a si mesma em 2 anos. É deprimente como você se prende, se rende, luta, renega que está entregue mas acaba sendo inevitável. Você ama em cada detalhe alguém que vendeu muito bem seu peixe e não estava preparado para cuidar ou se entregar também.  O que revolta é o lento processo de inércia dos sentimentos, é o quanto você estava quietinha e aí aparece um filho de Deus e lasca com a sua vida de novo.
Não nego que existam homens maravilhosos, já conhecí alguns mas dessa vez quem não acredita sou eu. Já estou vivendo famoso ditado " pegue mais não se apegue". Nada minha cara chegar nesse ponto, mas em certas fases devemos nos esforçar para ter amor próprio.
E aí me vem a terceira frase mais bruta jogada por mais uma de minhas companhias doidas!
" Depois que um filho da puta me deixou assim a única coisa que me interessa são os favores e ele enchendo a minha bola enquanto eu piso mais um pouquinho. Ah e por favor, de pobre já basta eu!."
Percebia que era uma crueldade crucial já que nós mulheres só assim nos recompomos e já que eles homens só parecem " engatar" nos maiores desafios.
Agora nem sei mais, acho que já estou sendo levada pela tal revolta despercebida.
E agora pra quem vai a culpa?
Cansei de escutar:
" Burrice! Como você pode estar sendo tão estúpida? Valorize-se!"
Mas no fundo ninguém entende que eu quero preservar o que há de puro ainda,
guardar o que conheço como amor e
acreditar nele sem deixar ele evaporar como as esperanças.
Mesmo atrás do orgulho que cobre os olhos, seda o coração e nos deixa em pé. Sei bem que todas nós temos a certeza de que se não tivessem matado nossa confiança, se ainda dormíssemos na mesma cama ou tivéssemos a mão que ainda deveria ser a unica a nos tocar. Estaríamos correndo para lá mesmo. Porque há um dono em cada espaço de dor.
Quando agente cai na real já pela manhã começando o dia virando rapidamente uma xícara de café, esperando que o dia seja cheio pra não ter que lembrar da luta constante entre o que agente sente com o que agente tem que ser. É tão contraditório, tão... tão asfixiante que sábias amigas talvez esse seja um caminho conveniente. Não sei por quanto tempo.
Perdoar, esquecer, continuar a sonhar, aonde isso vai nos curar?
Aliás, isso soa tão arrogante que posso comparar com a ridícula tentativa da perfeição de amor em fábulas.
Aqui é vida de gente grande então
vamos fazer disso um negócio recíproco e humano.
Se alguém errou, lamentavelmente continuou a errar e a me ferrar.
Porque eu sou a boa moça que ainda quer correr, pegar o telefone ligar todas as noites? Que ainda quer sofrer? Que acha que alguma coisa pode mudar? E fica no sofá chorando a cada filme que me serve como catarse?
Vem aí a minha favorita conclusão.
Se tudo o que sinto devo negar só para não querer tê-lo. Amar como? Se tudo o que sou de você, gasto no chocolate, nas tardes a toa, nas noitadas, no meu cigarro, no beijo de cada um deles, na pista de dança, no delírio doce, experimentando um pouco de fama e até mesmo outras mulheres.
Mesmo não querendo, precisei fazer pra ser um pouco daquilo que eu não precisava ser.
E sabe? Eu gostei.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Isso acontece na vida real.

Um coração solidificado de puro concreto amor.
Era porto seguro.
Era proteção daquelas que só se encontra na mesma mão.
Segurança e  carinho que se acha no mesmo colo. Me diz quem nunca teve
essa necessidade de merda? Merda que você se enfia até o pescoço porque amor é lindo,

amor é se prestar a trocar de lugar, dar um jeito na vida do outro e levar mil tiros no peito.
Depois que doa-se o órgão chega uma carta de reprovação. Amor negado.

Pegue sua senha, retire no balcão e dê o fora.
A fila anda.
A vida é rápida.
E a gente é idiota em ficar achando que pra sempre é pra sempre mesmo.
No açogue tem carne nova toda hora.  


domingo, 14 de março de 2010

Amor, saudade e prosa. Porque?

Escrevo sim! E justamente assim.
Sobre amor, sobre a saudade e todo sentimento que quer viver.
E escrevo sim,
para matá-los
na arte de eternizá-los
fora de mim.

terça-feira, 9 de março de 2010

Aonde?




Certo!
Agora me pego pronta pra começar mais uma sequência de desabafos como se a vida fosse simples fatos jogados e estatelados na minha cara.
E sabe? Eu acredito que seja mesmo.
Deus por assim dizer, olha lá de cima com um leviano sorriso e me diz: - Agora te vira minha filha!
Não acho que seja errado eu ter que aprender.
Não acho errado sentir dor com as próprias pernas sem que alguém me prepare ou avise. Mas toda vez que tentam fazer isso por mim parece que os avisos foram de todos os tipos menos aqueles os quais eu precisava. Vai ver que é esse meu hábito fast - food. Preciso treinar um pouco de cultura de subsistência nessas terras que eu venho conquistando.
Chego sim a me preocupar comigo mesma e essa mania de ficar me encarando
no espelho esperando encontrar alguma resposta no mais negro das pupilas dilatadas por causa da luz amarelada do banheiro. Mas sempre resulta na mesma fricção com os lábios pra espalhar o resto do batom vermelho e um beijinho pra dar sorte.
Apago a luz e " Hoje não!".
É porque eu já venho mastigada pra mim mesma.
Se eu tentar pensar demais e fazer tudo descer garganta a baixa, morro fácil engasgada ou de uma catastrófica indigestão.
É, tenho mesmo essa irônia desesperada..É o começo da linha. Eu tento achar a ponta dela nos meus pensamentos,ver aonde estou chegando e
até aonde consigo ir. Quero compulsivamente descobrir o que eu fiz e o que tenho sido.
E é tão excitante porque tudo o que eu consigo enxergar nesse momento são cores vibrantes,
o látex, o couro, o brilho, os sapatos, o spray, o sintético do corpete e
um casaco pro frio no dia seguinte depois que o efeito da noite surtir.
Parece tão superficial e na verdade é mesmo. Cansei por hora do que é verdadeiro,
do real, do intenso e do digno. Ser certa, pura e assumir isso pro mundo inteiro é responsabilidade demais.
Sabe aquela coisa de gente covarde?  Sempre odiei, mas se não querer pensar em nada é sair com o rabo entre as pernas, é bem o que eu to fazendo mesmo.
A mente funciona demais e
sentir muito tem consumido.
O alicersse foi remendado
e é uma procura incessante pela paz.
É com esse orgulho besta, pose de amazona e piscada de meretriz que saio incediando tudo a minha volta pra que ninguém repare no rebuliço fervente de todos esses sentimentos de amor profundo, de esperança tola com uma pitada de " carpe diem".
É essa péssimo hábito de enlouquecer e bancar a louca que faz com as pessoas tenham a péssima tendência de me dizer:
Você talvez seja a panela sem tampa.
O pãozinho mais escuro.
O resto congelado do almoço.
E todos sabem que isso é sinônimo de estragado, diferente e de que vai ficar pra titia.
Como tudo isso desperta a minha curiosa indignação
de que é tudo tão sem graça  e sem vida quando se trata de padrões.
Seguir filas, ser contada no rebanho e caminhar de acordo com tudo o que se tem que concordar.
Eu sempre soube que ser doce é conseqüência de amor por simplesmente amar.
É a gentileza expressa na paixão de ser eu mesma tanto quanto eu queira ser e a agressividade a qual venho aceitando que faz parte de mim é o tempero pra não tornar tudo tão fácil. Não quero ser fácil pra ninguém e nem pra mim.
Não é bonita a transparência da minha fraqueza quando ela é evidente na minha carência ou nos sofridos espaços da saudade e das minhas lágrimas sujas de raiva.
Pensa numa rosa. Aquela flor tão linda que dá gosto de perder o dia todo olhando pra ela.
Pensa que entre centenas ela brotou miúda e nem sequer tinha chance de florescer,
mas fez tanta força que desabrochou maravilhosamente. Só que os ventos que por ela passaram foram tão fortes que agora ela prefere estar despetalada à conviver com a necessidade de aprovação de um jardim inteiro.
Quer saber?
Tem sempre sim um louco que admire as nossas maiores loucuras.
Que sempre quem queira a nossa loucura para dar sentido a dele.
E talvez se ele só existir,
já possa ser suficiente para que eu exista também.
Enquanto isso,
a mesma vida bagunçanda.
Anulando as difinições,
botando um basta nos horário e
desistindo de porquês.
Quero extravasar quando eu precisar de você
e apenas ser o que fui feita pra ser.
Essa mistura farta do pronto,
do instantâneo, do que é fácil, da falta de razões, da intolerância a gente fugindo quando se trata das próprias emoções.
Pois é! Acho que cansei foi de mim mesma. Eu tô sendo uma grande contradição.
Deve ser fase. Porém, ao menos tenho algum motivo pra fazer você entender porque é que to vivendo de cabeça vazia.
Cá estamos e  nós vamos de novo enfrentar mais um dia.
E para tudo já programdo,usado, quadrado e certeiro
me diz aonde é que vou me enfiar?