segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ringue! Cada um tem o seu.

Não! Não sinto muito por toda a tempestade que meu corpo sofreu. Não sinto pela bagunça que você já veio tantas vezes fazer na minha vida apenas pela sua diversão doentia. Não tenho medo das chicoteadas de fel na garganta. E muito menos tenho pena do meu sorriso ser tão maduro depois de cada passo pesado pra sentir o chão. Não tenho orgulho de segurar tanto orgulho porque já foi necessário. Não tenho vergonha dos comprimidos grandes e gordos pra calar um pouco da luta no fim da noite. Lembranças são amuletos nos quais penduramos toda nossa fé pra marchar em frente. Viver é questão de honra e um tesão sem culpa e não vou sentir muito por dizer tantos nãos. Meu corpo é escudo, prazer e matéria pra prender e aprender. Minha alma é fonte pra beber da minha própria força. Minha mente é prolixa, me faz visitar inúmeros universos e meu coração é um grande portal pro céu, com amor pra recrutar todas as impurezas, toda a imperfeição e todo o erro. Amor também é sujo e eu não sou de aposentar as luvas de boxe.
Tragam meu copo e uma dose de fôlego que eu vou mergulhar de cabeça.

domingo, 31 de julho de 2011

Vai que você entende e de repente fica!

Tenho medo de tentar sair por aquela porta e você não me pedir pra voltar.
Descobri que gostar é tão bom, faz a vida da gente ser de uma graça imensa. Mas descobri que gostar também da medo.
Amo o frio na barriga que você me faz sentir, mas tenho medo desse frio virar terríveis cólicas.
Eu que tava sempre ali, quietinha, fechada, sossegada numa paz bem disfarçada e de repente vem você tirando toda a inércia com esse sorriso lindo, com as nossas conversas de horas, com o jeito que você cuida e me olha nos olhos.
Amo o jeito que você vem e me abraça de madrugada, a sua voz macia que eu perderia um dia todo só escutando você falar porque isso me acalma e gosto demais. Gastaria horas e dias com você, fazendo qualquer coisa, porque sempre me encantei e vi graça em qualquer coisa feita ao lado de quem eu quero.
Nunca quis que você chegasse e me prometesse acorrentar nossos mundos ou que me desse algum.
Nem sei como pedir pra você não ir embora nas noites mais frias e pra ficar enrolando de manhã enquanto a cama ainda tá quente. Nem sei como dizer o quanto isso assusta tanto, já que eu sempre durona, nariz empinado e de mal com o cupido, achei que sozinha eu ia me dar bem. Mas desde que você chegou, entendi que preciso assumir que eu tava era vivendo em bolhas. Bolhas à prova do mundo. Bolhas à prova de gente. E foi tudo tão rápido que ainda continuo assustada. É por isso que comigo é andar de montanha russa às vezes e em outras é tranquilo como a rotação de uma roda gigante.
Descobrir que meu coração pode ter dono de novo me dá pânico, mas como seria lindo segurar na sua mão de olhos vendandos e simplesmente dizer: - Me leva!
Dormir com meu pé grudado no seu parece ser tão clichê, mas é que descobri também que todas essas bobeiras fazem as nossas vidas serem diferentes. Quero que seja você a razão deu sorrir tanto que acabo com cara de idiota depois de tanto que sou surpreendida. E já que a vida é uma reviravolta, que seja você também a razão pra que as lágrimas não pesem tanto no meu rosto.
Nem sei se eu queria gostar desse jeito todo. Era mais seguro eu ter te mandado embora no primeiro dia de um jeito simples, fácil e indolor. Não sei como foi que você fertilizou essa minha admiração, como foi que entre tantos você conseguiu ser o único. Mas eu ainda quero saber se eu posso te deixar guardado nesse mesmo lugar que você roubou só pra você bem aqui na minha vida e no meu peito.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Saindo do armário. De baixo da cama. Saindo pro mundo!

Amo matar toda essa minha prestatividade, essa coisa bonita e tola que me faz comprar briga todos os dias comigo mesma. É mulher ácida assassinando menina doce. Talvez eu seja o produto final de um eterno conflito, corroído, dolorido e ainda sim extasiante de prazer por deixar meus monstros descaradamente livres. Me falta coragem pra ser limpa e pura, é responsabilidade demais. Não me rendo nunca, mas no olhar perdido se vê uma certeza, alguma coisa cruelmente mudou.

Notas do meu perfume.

A minha essência nunca vai ser dada por perdida. O que mudou foram as minhas escolhas, as pessoas que eu escolho, o coração menos bobo ou não. Muita intensidade e muita pressão pois quero absorver cada superfície, cada momento, cada miseravelzinho sentimento que eu descobrir por aí.

É simples!

Deixar as coisas passarem para que se tornem apenas lembranças não é fácil, ainda mais quando no encontro dos olhares sabe-se que é mais do que se pode falar. Guardar no coração que enquanto durou sempre valeu a pena não faz ser mais fácil, mas faz ser mais bonito. Por isso, não espere que seu limite se estenda pra acompanhar o de outra pessoa. Não espere que alguém vá por você até onde você iria por ela. Às vezes é possível a reciprocidade, mas não saia por ai vivendo disso. De verdade? Não espere alguém absoluto, não existe, então não tente ser. E também não julgue por isso. Vai ser feliz porque é simples.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

É sobre o que você nunca conta que é bom escrever.

É assim! Sempre assim!
Toda vez que você quer falar sobre alguma coisa, quer tirar inspiração de algum lugar, fica tentando forçar o cérebro buscando algum fato intrigante, alguma coisa engraçada, faz mais força ainda e começa a se irritar. Porque? Porque quando você mais precisa parece que sua mente te sacanea, seus sentimentos tiram folga
e você começa a flutuar por uma onda tão sinistra de imagens sem ordem cronológica e sem percepção de fato do que é real ou não?
Tudo isso só me causa uma grande frustração. Uma bela de uma frustração que eu tenho que curar andando patéticamente em círculos pela sala fingindo que posso pensar em passear no shopping, tento me entregar a sensação de que passar uma hora fazendo minhas unhas vai me distrair e  vou sair mais contente por isso. Ou até idealizar a minha ganância de gastar tudo o que eu não tenho na nova coleção da Cris Barros pra sustentar meu ego e poder feminino concretizados em recursos materiais pelo simples fato da cobiça e desejo serem materializados em qualquer coisa que alivie a frustração lá do início. Só uma coisa não me sai da cabeça, preciso, urgentemente escrever.
Desisto!
Vou é mesmo pra cozinha abrir a porta da geladeira, fazer aquela coisa estúpida que até hoje eu não entendo porque todo mundo faz, abre, olha, analisa, pensa, parece que a vida ou o vácuo passa por cima de todas as comidas, de todas as grade,vai contornando o pote de margarina, depois o iogurte das manhãs, até eu tomar a decisão nada decidida e sim totalmente induzida visualmente pela caixa de suco que se destacou  na paisagem,
na terrível floresta, brotando comida por toda parte, armazenando todos os meus quilos futuros. Hora de fechar a porta!
Droga! Esquecí o suco. Lá vou eu abrir a porta correndo pra não cair de novo naquele universo tentador de pensamentos. Acho que agora eu compreendo porque todo mundo faz a mesma coisa. É hipnose.
Ainda com a frustração me vestindo como se eu fosse um cabide feito pra ela ficar pendurada em mim, perfeitamente encaixada, sem ter um amassadinho até o verdadeiro dono dela resolver vir resgatá-la. Sou um cabide com um copo de suco de laranja rodando pelo quintal observando  em como ando cautelosamente sem pisar nas linhas  que separam os azulejos vermelhos e por sinal azulejos vermelhos nada me agradam, trazem um aspecto meio sujo, me fazem lembrar da casa da Vó e ainda por cima acho que tá brega. E sem desviar do foco preocupante que é eu não pisar nas linhas, qual é o problema em pisar nas linhas? É alguma superstição? É alguma atrocidade à lógica e perfeição de encaixe dos polígonos regulares? Porque meu corpo resiste quando tento pisar? E sabe que olhando assim
pro chão acabo não tendo como reparar que eu tô precisando urgentemente marcar minha podóloga? A situação não tá crítica mas os saltos tem maltratado a minha pele branquela e fina. Talvez se eu tivesse optado por fazer as unhas naquela hora eu não ficaria preocupada agora em conseguir uma hora naquela agenda lotada, cobiçada e milagrosa.
Ok! Chega de neura!
Hora de voltar pro quarto aonde nada, tá prestando atenção? Nada nesse mundo me faz trocar o horário precioso do meu menage: Eu, meu travesseiro e meu edredom. Justamente porque insônia na minha vida não é um problema, aprendi a conviver com ela e conseqüentemente transformar as horas de descanso em um tesão que nem início de orgasmo, aquela hora que você sabe que ele vai chegar e quanto mais você quer que ele chegue, com mais tesão você fica. Aí acontece... explode! Êxtase puro! No meu caso eu só entendo dia seguinte quando acordo, zonza lembrando que eu consegui dormir. Ainda bem que nunca corro aquele risco de acordar zonza em quartos diferentes me surpreendendo com companhias diferentes desde que o coração virou cachorro sem dono, quer dizer, cachorro até certo ponto né, senão não negaria em se surpreender zonzo com as companhias. Na verdade companhia todo cachorro gosta, até os mais vira latas,
dividir a minha cama nunca seria um problema e nem mesmo teria problema em convidar meu amor pro meu quarto participar toda madrugada do meu menage. A insônia voltaria a ser só uma inimiga e comum seria dormir de conchinha que eu confesso que me derreto toda só de imaginar. O problema é que não tem mais amor nessa história. Odeio que me perguntem se eu ainda quero um ou não. E de verdade? Voltando a estaca zero de que eu estou no meu quarto, frustrada, depois de rodar a sala, ir pra cozinha, pro quintal e voltar pro quarto. Andei pensando tanto que cá estou eu observando as veias pela minha pele branquela, lembrando que eu poderia ter feito as unhas, que reparei em polígonos regulares e não piso em linhas no chão, que eu nem sei aonde deixei meu copo de suco de laranja, que tenho devaneios ao abrir a geladeira, que me coração é cachorro que morde, que voltei a falar de amor, comparei meu sono à orgasmos, ainda morro só de pensar em dormir de conchinha o que significa que a carência tá no ponto crítico e agora tô aqui cheia de insônia madrugada a fora
pensando é sobre o que é que eu vou começar a escrever. Que droga! É sempre assim.

domingo, 17 de abril de 2011

Martelo de Porcelana.

Não! Não! Nem sempre é dia de ter paciência, de ser educado, de dar bom dia! Nem sempre é dia de engolir sapo, de irrelevar a porra toda, de dizer que amor é capaz de tudo, de fingir que tá tudo bem, de sorrir quando você quer ficar de cara emburrada. Se eu tô azeda, se eu tô amarga, se eu to fechada e quero que meio mundo se exploda! Não venha me dizer não, sim ou talvez. Porque nessas horas a única pessoa que precisa falar sou eu. Sim! Serei a mais egoísta por isso. Serei o lado intolerante, o lado carrasco, o lado megera. O que às vezes cansa muito. E aí como eu daria tudo nessas horas por uma mão nos meus cabelos, colo quente no meu sofá preenchendo o espaço vazio da minha sala, enquanto eu sozinha fico ecoando pela casa. Pela vida. Desejando sorrir grudada no seu peito e ir lentamente socorrendo a minha carência. Alguém pra amansar o machucado que virou pedra.

Método Empírico.

O meu mistério mesmo é nunca entender porque sou tudo e em um segundo passo a ser feita de nada. O meu vazio é proposital quando me devasto pra caber todos os sonhos e cobiças, pra caber eu mesma que sou muito maior do que o mundo todo.


É forte, é eterno e burro.

A saudade é poderosa, ela faz você ocupar todos os meus dias. Surge a necessidade de não só ter, mas ser. Apenas ser. Ser pra você, na sua vida de algum jeito útil pra satisfazer essa emergência do amor. Um jeito desesperado e doce de curar o quanto minha memória te projeta por aqui.Pior do que não poder viver um grande amor, é lutar por um em vão. É saber que ele é grande, saber que é amor, mas ter certeza de que não vai chegar em lugar algum. Os que se calam, se agonizam. Os que fogem, sofrem! E ainda há os tolos como eu que mantém a esperança sabe-se lá do que pra garantir todos os dias o que vem da alma. Forte e eterno.
 

domingo, 30 de janeiro de 2011

Abra a tampa do seu presente.

Me pediram pra que nunca desistisse do meu amor. Eu nunca desisti. Ele só andou surrado, cansado, doente, espalhado pelos cantos. Nunca gostei de amor do tipo covarde. Entendi que nunca vou parar de sorrir pro mundo. É só uma questão de direção. É só uma questão de quem você escolhe.E eu andei acertando com a pessoa errada, mas passei pela porta e tenho o mundo todo bem a frente.Afinal eu sempre senti coisas bonitas.

Silêncio de amante.

E eu nunca vou entender.
Desisti de descobrir
o porquê dessa
magia que vive
rodeando a nossa vida.
Porque é que sempre tem algum lugar
durante a noite
que você tá lá e eu também?
Durante o vazio,
durante a saudade, saudável e gostosa,
existe a gente.
Se achando, se tocando e sorrindo.
Vivendo de um jeito seguro
como sempre se quis.
É como sonhar com um final feliz
pra uma história torta,
mal escrita e feita de rascunhos.
Sempre tem esse lugar,
na lembrança,
no sonho,
no sentimento mais profundo
que a gente se encontra.
Se ama,
se agarra que nem criança
pra nunca mais soltar.
E eu nunca vou entender
o que é isso que faz a gente ser
tão um do outro que de tão explícito
nos tornamos tornamos subliminar.
E toda vez que a gente se cruzar,
fingir não ver, não cumprimentar,
É na pressa de voltar pra casa,
ficar sozinho pra a gente se encontrar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Eu sou por aí.

Descobri em mim formas bonitas, curvas gostosas, pele branca e boca vermelha. Porque afinal de contas, a gente tem sim que se achar bonita e se eu não me amar primeiro quem vai?
 Descobri  também uma paz quietinha e escondida lá no fundo na ultima vez que me olhei no espelho.
Gosto das minhas unhas curtinhas pintadas de vermelho, gosto do meu cabelo preto e fino batendo no rosto por causa do vento, mas gosto mesmo é do meu sorriso. Ele é impagável. Me bota de dentro pra fora. Bota toda aquela paixão, aquela alegria doida e tudo o que vem de um jeito espontâneo. Aí fico fazendo cara e bocas no retrovisor enquanto faço a maquiagem na correria.
Acho que quis tirar um dia só pra mim. Pra falar de mim como eu nunca pensei em falar.
Acho que andei me encontrando.
Mas eu sou assim mesmo, vivo me perdendo e me achando pelos cantos.
Todos esses sentimentos que a vida despeja em cima assim, de repente, nos obriga a virar gente e eu tentei ser uma das melhores. Sou dessas teimosas que vive de amor desenfrado.
Vou contar que brinquei de roleta russa e o tiro saiu pela culatra. Irônico e fatal.
Só eu mesma pra não abrir mão da fé.
Por isso procurei uma maneira de não sair batendo as portas, de não compartilhar a frustração com meu cachorro ou de não parar nos bares e acabar a noite em muita cerveja e uma bela gastrite atacada pela manhã. Afinal, menina como eu só, o que mais eu poderia fazer pra ficar de greve de todo mundo?
E pra não me revoltar com a vida e com amor? Se não acabaria banalizando tudo, chutaria o pau da barraca e condenaria todos os meus princípios. Então tenho que protestar sim. Fazer greve sim. Sucumbir também, mas de leve. Com moderação.
Sendo assim passo a sentir meu poder de liberdade acendendo um cigarro e me sentindo mais rebelde ainda por isso. Amo sentar na minha janela imensa que me cabe até com as pernas esticadas e deixar meus olhos se perderem pelas arvores que na minha santa ignorância nem sei especificar quais são. Mas o efeito é sempre buscar a  Thaís em algum lugar pra colocá-la no seu devido lugar!
Logo percebo que não tem. Reparei em como tô refletida pelo mundo.
Na verdade eu sempre estive por aí.
Eu tô naquela instante da viagem que adoro encostar o rosto na janela do carro só pra ver um filme curto do mundo.
Eu tô por aí em todos os cds antigos, em todos o cheiro de antiguidade e shows bohemios tatuados no ar  nostalgico na casa dos meu avós.
Eu sou por aí no prazer que só eu tenho de puxar o ar bem forte até me preencher toda com aquele cheiro de garagem que adoro dos prédios de São Paulo.
Sou a lembrança do perfume suave, sempre o mesmo, no lavabo da casa da praia.
E ainda tô lá nas praias de Sardenha, sendo a mesma criança com a boca suja de sanduíche de atum, rindo com a minha mãe e correndo pro mar toda despirocada.
Sou por aí, aquela que vai se empolgando nas festas com gente chique e elegante na casa do meu tio,
com jantares finos, vinho importado, roupas deslumbrantes e toda aquela muvuca e no final eu adoro é a minha hora, meu momento final que é chegar em casa, ficar com a roupa mais desgastada e larga, comer lanche que lambuza todos os dedos e me sentir com a maior preguiça feliz do mundo enquanto um bom filme me hipnotiza.
Sou cada  pedacinho do mar, afinal é uma paixão inexplicável que rola entre nós dois. Eu toda cheia de mim tomo conta dele com a minha alma e ninguém entende.
Acho engraçado o jeito que assopro o café quente que nem bebê de dois anos. Fico rindo do meu lado besta. E rio também dos meus surtos, não ligo se alguém ver, achar que sou descontrolada, porque eu TÔ sim descontrolada e é porque eu gosto disso mesmo. Muito controle me faz mal. Me dá náuseas.
Eu sou irritante, inconseqüente, pareço tímida mas quando abro a boca, vai ter que ter uma santa paciência porque eu gosto de falar. Falar sobre qualquer coisa. E aí me mato de raiva, pois tantas vezes que eu precisei falar na hora certa o que era certo, eu não sabia como e nem por onde começar.
Nunca sei quando tô de TPM e se é TPM mesmo ou quem sabe é só meu gênio forte de sempre. É uma dúvida que nem me incomodo também em tirar. Prefiro pensar que não tenho essas coisas.
Ah! E mais uma coisa, tenho aquela atração ingênua pela televisão a qual me faz rir ou xingar meio mundo e quando me dou conta, sinto vergonha e alívio por ninguém saber.
Mas quer saber? Eu sempre fui por aí mesmo com esse amor todo que eu desconto no meu edredom agarrada com ele todas as noites imaginando que uma hora seja ele, o cara da minha vida e que na próxima vez seja eu a ser agarrada.
Acho que sou de um jeito tão transparente que deixei as portas fácilmente abertas pro mundo todo botar defeito quando quiser ou pro mundo todo discutir, debater, ou só bater porque é com umas porradas que a gente cria vergonha e aprende a crescer. Sei também que ninguém faz questão de saber  as minhas histórias, de entender ou me pegar pela mão. É por isso que eu saio jogando tudo pra cima, balançando bem as mãos, jogando as páginas pelas ruas.  Já que sou por aí, vou ser explicitamente, nas minhas coisas, a minha maneira,
na minha vida, do jeito que eu amo e nesse mesmo mundo quem sabe alguém que se depare com as minhas páginas jogadas pelos cantos, só por curiosidade, resolva começar a me achar.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Obrigada.


Você quis tanto que eu deixasse de ser besta, que entrasse tanta razão na minha cabeça
e eu engolisse todos esses motivos mínimos.
Que na insistência das pequenas coisas se perdeu toda a nossa grandeza.
Cansou o sentimento e estragou tudo o que eu seria por você.
Chega a ser uma pena
e vai te fazer tanta falta...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Eu disse!



Eu falei: "Mãe! Preciso voar e tem que ser agora."
Ela deu uma risadinha de canto e disse com aquele tom sarcástico: " Ué! Então vai."
Aí eu abri as asas e sumi.
Ela tá chorando até hoje.
Dá pra entender?

Droga de confissão!



Tenho certeza que toda vez que me pego aqui pensando em você com essa força toda, você tá lá fazendo a mesma coisa. E a gente se encontra.




Tá na cara que toda essa minha raiva do mundo é porque foi necessário desistir do que se ama. E eu nunca fui de desistir. Essa porra toda dói.
É uma luta cansativa entre querer se racional e o desespero, entre a serenidade e a revolta! Dá pra entender que é tudo tão rídiculo, mas e aceitar? Como é que se faz?
O que me deixa puta mesmo é saber que é tudo tão banal, é tudo tão babaca que a gente nem precisava tá aqui desse jeito.
E mais puta ainda quando você nem sequer percebe isso.
Talvez você tenha todos os motivos pra dizer que não tava tão feliz assim, mas aposto que tá muito menos agora. Não me venha com essa de que só eu sei ou acho isso.
Talvez todos os seus e os meus motivos sejam aceitáveis, sejam compreensivos e
a culpa fica pulando da minha pra sua porta e vice-versa. 
Acontece que ela desaparece toda quando a gente tá perto e nem sequer lembra quando passa o dia abraçado, se laçando, se acabando em risadas,
em abraços e todo tipo de forma de amor que existe.
A situação aqui tá mais difícil do que eu imaginava, você me fez comprar uma briga tão grande comigo mesma que não vou te perdoar por isso.
Uma hora eu amo, eu entendo e deixo estar.
Outra hora, eu odeio, não quero nem saber e dá vontade de fazer tudo vir à tona de novo.
Mas a minha vontade mesmo?
Era de te bater tanto pra vê se você para com essa droga de frescura,
para com essa droga de egoísmo em achar que tudo o que você fica falando na frente de um espelho
é pra ser e ponto final.
E vê se para mesmo é de me deixar aqui sentindo essa falta toda,
de me deixar sorrindo pelos cantos, sorrindo pros outros sem você,
sendo dos outros que não tem nada parecido com você e sendo de um mundo que eu te matei.
Mas que droga!
Eu passo todos os dias te matando
e você tá sempre aí, firme, forte, em pé, todo bonito e com o mesmo sorriso.
Pode falar que sabe como fingir  melhor do que eu vai?
Ou então ao menos venha me contar qual foi a sua solução?
Eu sei que tô bem escondida dentro de você.
Então como pode? Me deixar ficar ali, bem lá dentro, abandonada, como pode fazer isso comigo? Agindo como se não fosse nada?
Como é que alguém aceita virar passado e lembrança sem ao menos um motivo razoável?
Quem é que aceita virar pó?
Tenho tentado te mandar embora junto com a fumaça de todos os cigarros que tenho fumado compulsivamente. 
Tenho tentado de tudo e rezo pra que uma hora eu consiga.
Uma hora essa dor, a revolta, lágrimas e esse rebuliço todo por causa de amor, vai se transformar em uma simples serenidade e poderei assim passar leve e te olhar de um jeito doce,
e você vai sentir o peso porque eu to ali te empregnando, justamente aonde eu fiquei guardada.
Tô na sua respiração toda vez que ela fica mais forte, no seus olhos, na sua mente e por inteira no seu coração.
E não vai adiantar rasgar as fotos,
não vai adiantar me tratar com cortesia ,
não vai adiantar porque o que é escrito certo pra pessoas tão tortas que nem a gente
o caminho sempre vai se encontrar.
Mas essa patifaria toda me cansa,
cansa tanto acreditar em amor e escrever sobre tudo isso que tenho vontade de amassar tudo,
deletar tudo e não ser tudo porque ser demais é coisa de gente doida.
Me cansa tanto ter que ser eu, te amar mais do que eu e no final das contas você cagar tão pra tudo isso que não vou mais te engolir.
Tô ficando enjoada.
Tô ficando afim de mim,
tão afim, que percebi que tô com preguiça de querer te fazer bem,
poderia tentar te salvar da sua covardia, mostrar que você tá completamente enganado.
Além de todas essas críticas e julgamentos doerem eu ainda teria que ser boazinha e dizer que infelizmente dessa vez você tava errado.
Mas não, não dessa vez ! Vou ficar aqui só assistindo o que é que você pensa que tá fazendo.
E por falar em pensar, já tô avisando pra tirar o cavalinho da chuva quando se irritar com qualquer escolha minha daqui em diante.
Decide! 
Bipolaridade aqui já basta a minha e inclusive todo os meus "mimimis"  violentos.
Não vou mais ajoelhar em milho, ajoelhar no bar, ajoelhar e olhar pro céu só pra ter você por aqui.
Agora vou investir no trabalho sujo,
quero ser um pouco ruim também.
Vou investir nessa loucura toda que me acompanha porque é isso que sempre vai fazer você me querer.
A minha loucura tá estampada na alma. Ou aceita ou cai fora. 
E não é que você caiu fora mesmo? Me deixando pálida, pasma e revoltada por ter levado a sério o que eu acabei de dizer. Não entende que por mais que eu diga adeus, no fundo tô querendo dizer:
" Não me deixa nunca pelo amor de Deus."
O problema foi sempre esperar que você me aceitasse assim como eu sempre te aceitei. Sou tão estúpida às vezes!
Estamos sofrendo sérios problemas com essa coisa de reciprocidade, como é que se ama mais ou menos?  Tenho que pedir pra que goste de mim e me deixe ser eu mesma. E isso é lá coisa que precisa se pedir?
Dá próxima vez quando eu escutar alguém dizer que me ama acima de qualquer coisa vou lembrar o cidadão que isso realmente inclui em amar quem eu sou em todos os aspectos e o farei assinar um documento na minha frente assim que ele me pedir em namoro já que na vida é tudo burocrático e o amor tá patético, vou ser ordinária tanto quanto.
O que eu não acredito mesmo é toda essa desistência
depois de tantas palavras e sonhos construídos.
E eu descobri o seu motivo:
Sou eu. 
Você me ama tanto e não sabe como lidar com isso.
É uma pena! Porque te confesso que eu também nunca soube, mas eu tava lá levando na cara e tentando. Agora a coisa tá vergonhosa, a gente continua levando na cara e ainda admitimos o fracasso. Levantamos a bandeira branca.
Aliás, vamos repassar essa frase acima na segunda pessoa do singular.
Mas como eu disse não dá pra suportar essa patifaria toda e a maneira como o amor foi banalizado!
É por isso que eu repito, vou continuar a mandar tudo isso à merda.
E dá licença porque a noite é uma criança doida.
Que nem eu! 
Taquei um belo entonado foda-se pra tudo isso
e a vida tá bem depois que eu sair pela porta de casa.